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Os 20 maiores one hit wonders brasileiros da década

Fiquei com uma certa inveja branca da boa lista que nosso Lúcio Ribeiro caipira, Nico, fez dos melhores discos do ano. Por isso, contactei Hygino e meu amigo Pedro Deluna, essa terra roxa irrigada de conhecimentos nostálgicos musicais, para me ajudarem na difícil, porém deliciosa, tarefa de listar os 20 maiores One Hit Wonders (artistas de um hit só) brasileiros desta década que acabará junto com os fogos de Copacabana do próximo dia 31. Alguns que inclusive já haviam passado pela falecida coluna Relembrando deste blog. O resultado final é este abaixo, vem na minha que é feriado:

20- Mary’s Band – Happy Birthday: É isso que dá passar a adolescência ouvindo Basket Case. Espero que esses 3 quando olharem pra essa música hoje tenham vergonha do que fizeram ou, no mínimo, não se orgulhem de ter passado a juventude indo no Hangar.

19- Guentaê – Sapatilha 37: Esses tentaram fazer sucesso quando os criadores do forró universitário já estavam fazendo doutorado. Por não se diferenciarem muito das 813 bandas que fazem “temporada” no Canto da Ema, ainda tem que conviver com aquela velha pergunta “pô, mas essa música não é do Falamansa?”.

18- Mariana Kupfer – Looking for Love: O Brasil agradece que uma das maiores patricinhas do país parou por aqui com sua carreira musical. São por essas que eu tiro o chapéu pra Patrícia de Sabrit que não faz nada da vida, mas pelo menos não tenta convencer geral com seu inglês “perfeito”de 3 meses de intercâmbio na Nova Zelândia.

17- Vinícius e Andinho – Corpo Nu: Podia muito bem ser a 20ª, mas uma música que possui uma frase como “Sua mãe bolada, querendo me matar” merecia um pouco mais. Brilhante.

16- Twister – 40 Graus: Sander e sua trupe anteciparam essa onda desintoxicação que se perpetuou pelas boybands do mundo. O rapaz que atrás do seu óculos Rayban te via em todas as manhãs ficou preso após traficar bala em baladas paulistanas e anos depois acabou virando palestrante desses de auto-ajuda. De qualquer forma, sua canção fébril marcou os muitos Disks Mtvs de 2001.

15- Tchakabum – Tesouro de Pirata (Olha a Onda): Kleber Bam Bam pode se orgulhar de 3 coisas na vida; ter sido o vencedor do primeiro BBB, ter criado a Maria Eugênia (e chorado em rede nacional por ela) e ter enfiado na cabeça da população brasileira essa swingueira mezzo baiana, mezzo carioca. Destaque para aquela coisa meio complete a música à lá “Fazer amor de Madrugada, em cima da cama em baixo da escada” naquele trecho “Molhou a barriguinha, barriguda, molhou o seu pézinho, que chulé“, uma excelente maneira de conquistar um público-alvo digno de tamanha malemolência, as crianças.

14- Braga Boys – Bomba: Uma explosão de mau gosto perpetuada no ano de 2000. E óh que esse que vos fala não renega um Psirico.

13- Johnathan da Nova Geração – Eu Sou o Johnathan da Nova Geração: 2001 foi uma odisséia no funk. Que o diga Bonde do Tigrão, Vanessinha Pikachu dentre muitos outros que congestionaram programas de auditório como Superpop e Sabadaço na época. Mas, ao menos pra mim, nada foi tão marcante quanto o molequinho filho da Mãe Loira e Pai Moreno da Furacão 2000 falando “dance Potranca” com a mesma naturalidade que discutia a evolução do Charmander para o Charizard. Hoje o menino cresceu e está pegando Lanai, a filha funkeira de Kadu Moliterno. Fica aí a dúvida se ele anda a tratando que nem o sogrão tratava a sogra.

12- Dogão – Dogão é Mau: Rick Bonadio nos presenteou com esse cachorro putão cantando um rap wanna be niggar. Cada um tem o Gorillaz que merece.

11- SNZ e Richard Lugo – Nothing’s Gonna Change My Love for You: Vocês se chamam Sarah Sheeva, Nãna Shara e Zabelê, sua mãe abriu uma igreja evangélica que mistura Jesus com OVNIS e seus lábios fazem botox ter inveja. Preciso falar algo mais? Quanto a Richard Lugo, quem é você no cenário musical norte-americano? Quer dizer, quem é você em Avaré? Um abraço.

10- Mário Veloso – Eu Faço Tudo Por Você: Poucos caras conseguem resumir um estilo de vida. Mario Veloso pode se gabar que é um deles. Manja aquele cara que estudou no Porto, passou em publicidade na FAAP, ganhou um Audi aos 18, tem um ármario baseado em calças Diesel, polos Sérgio K, camisetas Osklen e Abercrombie e compra aquele champagne na Pink Elephant que quando chega na mesa para a balada? Pode ter certeza que ele tem um pouco de Mário Veloso no seu coração. By the way, o rapagão já pegou adivinhem quem? A patricinha que queria ser cantora, mas só emplacou uma canção cantada em inglês de quem fez intercâmbio por 3 meses na Nova Zelândia. Parabéns a todos os envolvidos.

9- Dallas Company – Clima de Rodeio: Quero mandar um abraço para todo mundo que em alguma festinha de 15 anos já foi da galera de cowboy, ou da galera de peão e que mesmo sem ter uma beca invocada ou um pingente no chapéu, gosta de rodeio e bate na palma da mão.

8- Kaleidoscopio – Tem que Valer: Fruto daquela vibe “drum’n’bass com Bossa Nova”, coqueluche em todas as rodinhas de “críticos musicais” em 2003, Kaleidoscopio servia muito bem pra completar aquele cd de “músicas lounge” do Luciano Huck, ou como trilha para aquelas imagens da Praia do Pepê, com o carinha dando giro no bodyboarding, somadas àquelas luzes propostas que rolavam no meio da Malhação. Que Deus os tenham.

7- Rapazolla – Coração: Nordestinos como eu sabem muito bem que Coração, muito antes de Tomate e sua Rapazolla levarem pro axé, já tava estourada com Aviões do Forró, Cavaleiros do Forró e Dorgival Dantas. Mas, pra toda essa rapaziada paulistana criada a leite com pêra, ovomaltino, mega drive e que no terceiro ano foi pra Porto Seguro, Coração foi a trilha desses momentos etílicos e micareteiros na Passarela do Álcool e ponto.

6- Cogumelo Plutão – Esperando na Janela: “Mas Caju, isso aqui não é 1999 não?” Pior que não. Essa banda liderada por este protótipo de Renato Russo emplacou esta coisa nos nossos ouvidos em 2000, graças a Manoel Carlos e sua Laços de Família, que, se não bastasse, já tinha empurrado a força na nossa memória Lara Fabian e sua Love By Grace.

5- Motirô (Cabal) – Senhorita: Eu vou falar uma coisa que você vai ler e ficar com ela o resto do dia fuzilando a sua cabeça – HEY SENHORITA VOCÊ É A ÚNICA DA LISTA, QUANDO TE VI DANÇAR NA PISTA, VOCÊ FOI A MAIS BONITA.

4- Br’oz – Prometida: Boyband, coreografia putona, pegada musical latina, onomatopéia (pararêêêê), gritinhos do galã (Não se esqueça que eu não te esquecereeeeeeeiiiii) e refrão grudento. Ta aí a fórmula para uma música virar um clássico pop (ou não). Sim Sim Sim.

3- Edu Ribeiro – Me Namora: O nome do cd do cidadão já dizia muito “Roots Reggae Classics e outras canções”, pois bem, Me Namora é um poço de rimas ricas como namora/chora, agora/namora e sim/mim, compostas por um cara que só queria da VAZÃO AOS SENTIMENTOS (!!!).

2- Mc Créu – Créu: Você, seu publicitáriozinho fajuto de planejamento que acha que cria “conceito” e antecipa “tendência”, aprenda com esse gênio que ser coolhunter no Brasil é criar as mulheres-fruta e virar hit do verão.

1- Luka – Tô Nem Aí: Essa música tocou tanto, mais tanto, mais tanto, que teve neguinho fazendo estudo sobre o motivo de tamanha capacidade de grude da canção. A explicação é mais ou menos a seguinte; quando Luka soltava o agudo do refrão (aííí), ela entoava uma tal nota conhecida pelos produtores musicais norte-americanos como a “nota de um milhão de dólares”, que é original de uma forma de vocal típica da região dos Alpes chamada yodel (isso não é brincadeira, veja aqui). Essa nota tem maior facilidade de memorização que, auxiliados pela exaustiva repetição que as rádios jovens fizeram da canção, a tornou hit do verão de 2003. Mas, quem teria as manhas de criar uma canção com tamanha força? Só um gênio do porte de Latino.

Qualquer sugestão para atualizações é muito bem vinda. Aquele abraço.

Relembrando XI

Ok. Fazia um mês que não escrevia minha principal marca de autoria neste blog, o Relembrando, mas pra coroar este revival, precisava re-apresentar um grande one hit wonder da década de 90. Nada mais justo que bater forte o tambor e avermelhar os nossos corações, com vocês:

Carrapicho


No ano de 1997 uma música explodiu na Europa. A soma do exotismo do ritmo + onomatopéia compreensível em qualquer idioma do planeta + sensualidade rendeu a uma, até então desconhecida, banda da Amazônia disco de platina (que naquela época ainda representava 250 mil cópias vendidas) na França, Espanha, Israel, Itália, Suíça e até na gélida Polônia. Mas, apesar do sucesso internacional ainda faltava o reconhecimento no seu país de origem. Pois bem, bastou a primeira aparição no Domingo Legal, pro Carrapicho grudar na cabeça dos brasileiros o seu incansável e repetitivo Tic Tic Tac!

Liderados por Zezinho, um misto de Roberto Leal, Ana Maria Braga e Clodovil do Amazonas, além de dois casais de dançarinos vestidos de índios, o Carrapicho ditou por mais de seis meses as tendências daquele ano. Junto com eles vieram o “Vermelhou” da Fafá de Belém, tranformado em axé por Márcia Freire, a curiosidade sobre os festejos de parintins e uma das mais horripilantes indumentárias praieras da história deste país, o bíquine de coco. E como não poderia faltar foi mais do que regravado pelo mundo a fora, bastando citar as incríveis versões dos tunisianos dos Los Locos e das inglesas do Chilli. Sem mais delongas, se deliciem com Zezinho Côrrea e suas madeixas cantando o clássico:

Até a Próxima

Já passaram pelo Relembrando: Tarkan, Cogumelo Plutão, Twister, Mario Veloso, Tiazinha, Braga Boys, El Simbolo, Et e Rodolfo, Lara Fabian e Jonh Scatman.

Relembrando X

O Décimo Relembrando é especial. Dessa vez não falarei de um One Hit Wonder, mas sim de um cara que emplacou duas músicas em todo o mundo, e que em 1999, por causa de um câncer, nos deixou, o que fez com que sua carreira ficasse perdido no ostracismo. Você que tem seus 20 e poucos anos e que lembra muito bem da década de 90 com certeza irá se arrepiar, ou ao menos rir, da figura que tenho prazer de relembrar:


John Scatman

Um senhor, tiozão mesmo, de bigodinho e tudo, nos meados da década de 90 fez todas as baladas do mundo se renderem a músicas cujos refrões são, digamos na forma culta da língua portuguesa, onomatopéias. Isso mesmo, um monte de sílabas que nada tem a ver com a outra (bem parecido daquele jeito que você caro leitor improvisa ao cantar uma música que não sabe a letra) , mas que embaladas por uma melodia fazem um som no mínimo curioso. Mais curioso ainda se essa melodia for dance, naquele estilão 7 melhores da Pan. Ele, John Paul Larkin, californiano, era gago quando criança. Mas, ainda sim queria por quer queria virar cantor. Encontrou então essa forma de cantar improvisada no Jazz, mais precisamente na Scat-Singing, uma vertente do ritmo de New Orleans caracterizada pelo dizer de sílabas avulsas para fazer um som.

Com o passar de sua carreira o figurão se mostrou um belo marqueteiro, enxergando a oportunidade de fazer sucesso unindo scat-singing com o dance europeu, cada vez mais influente em todo mundo. Criando um personagem, o John Scatman e um mundo que seria a temática de suas músicas, o ScatmanWorld, o rapaz criou dois clássicos que qualquer futura balada que abraçará a causa do trash 90 (isto é uma previsão, dentro de poucos anos com certeza irá se confirmar) irá tocar. Bons nostálgicos arrepios:

Até a Próxima.

Já passaram pelo Relembrando: Tarkan, Cogumelo Plutão, Twister, Mario Veloso, Tiazinha, Braga Boys, El Simbolo, Et e Rodolfo e Lara Fabian.

Relembrando IX

Manuel Carlos é o escritor de alguma das mais emblemáticas novelas brasileiras (leia-se chatas). O segredo é sempre muito simples, explorar dramas familiares ao máximo como se aquilo representasse fielmente o cotidiano do brasileiro de classe média. Para isso coloca-se como epicentro da trama uma mulher chamada Helena, interpretada ou por Regina Duarte ou por Vera Ficher. Foi assim em Por Amor, Páginas da Vida e Mulheres Apaixonadas. Todavia, o marco maior de sua teledramaturgia foi na novela Laços de Família. Nela, uma série incalculável de tramas, que iam de adultério até lolitismo, passando por prostituição e patrão pegando empregada, prenderam a audiência do país. Mas, sem dúvida, o caso clássico da novela foi o da leucemia da jovem Camila (interpretada por Carolina Dieckman), filha da Helena que teve seu sofrimento sonorizado pela pessoa que relembro hoje:

Lara Fabian


Não tiro os méritos e até aplaudo o papel que a novela teve para alertar sobre tal grave doença para população brasileira. Mas, convenhamos, precisa ter uma música tão chata e grudenta atormentando nossas noites semanais em todo o momento que a tal da Camila aparecia?

A tal da Lara Fabian e seu hit mela-cueca “Love By Grace”, chegou a fazer tanto sucesso no país que o Faustão a anunciou como grande surpresa nas disputas dominicais com o Domingo Legal. A cantora Ítalo-belga-canadense, que fala francês e canta em inglês (é rapaz, coisas da globalização) veio ao Brasil com cobertura de celebridade internacional (que, é claro, ela não é). Apareceu em tudo que é programa global. O Fantástico fez entrevista exclusiva, como se tivesse conversando com Michael Jackson ou Bono Vox, mas depois da novela a carreira dela em terras brasilis não emplacou e hoje, a única coisa que você deve lembrar da cidadã, é embalando esta cena abaixo:

Até a Próxima

Já passaram pelo Relembrando: Tarkan, Cogumelo Plutão, Twister, Mario Veloso, Tiazinha (Versão Cantora), Braga Boys, El Simbolo e Et e Rodolfo.

Relembrando VIII

Cláudio Chirinhan e Rodolfo de Almeida foram alguns dos responsáveis por aqueles fatídicos tempos de guerra de audiência dominical. Suas aparições acordando famosos (ou pseudofamosos) ou em reportagens bizarras e clichês como em praias de nudismos renderam bons índices de audiência ao programa do senhor Augusto Liberato, o Gugu. Como de praxe em caso de sucessos instântaneos, onde se tenta ao máximo render os 15 minutos de fama, os dois lançaram um dos mais trashs cds da música brasileira de todos os tempos, muito por isso, o Relembrado VIII traz para você meu caro leitor:

ET e Rodolfo


1998 e 99 foram sem dúvidas o apogeu da baixaria televisiva brasileira. Gugu com sua banheira (além do taxi) e Faustão com o sushi erótico se degladiavam pelos pontos do Ibope. Gugu nesses anos saiu melhor, com “cartas na manga” como a exploração da esquisitice do Et, sempre sacaneado por piadas idiotas do tal Rodolfo, que por sinal foram descobertos por Ratinho. Como não poderia perder a oportunidade, o seu Augusto resolveu lança-los na carreira fonográfica. Com a música de trabalho “Dança do ET”, que mais uma vez humilhava o pequeno sujeito, que evidentemente não se incomodava com o fato, o cd vendeu 250.000 (o que nos padrões de hoje em dia só o Roberto Carlos consegue atingir). Depois disso Rodolfo resolveu, em vários ataques de estrelismo (?) começar a não cumprir os desejos da direção do programa Domingo Legal, que gerou desconforto e consequentemente demissão do figurão. No fim das contas, os dois ficaram ricos, mas cairam no ostracismo. Contudo, ficou eternamente gravado o refrão “U lê lê U lá lá lá, é a dança do ET que chegou para abalar” na cabeça de todos pré-adolescentes da época.


Até a próxima.

Já passaram pelo Relembrando: Tarkan, Cogumelo Plutão, Twister, Mario Veloso, Tiazinha (Versão Cantora), Braga Boys e El Simbolo.

Relembrando VII

Você tinha 11 anos de idade e ficava puto porque via seu irmão indo a alguma matinê e ouvindo tudo aquilo que tocava exaustivamente na Jovem Pan, em um saudoso tempo que mp3 era coisa difícil e que só se baixava no Napster e que a modinha era comprar a Revista das 7 melhores da Pan que vinha com um cd? Pois bem, é especialmente para você que tenho prazer de reapresentar:

El Símbolo


“Yo te digo todo va a estar bien, no te preocupes mas, oh no mantén el movimiento.” Em termos de música em espanhol talvez só “Maria” do Ricky Martin e “Estoy Aqui” da Shakira tiveram um refrão tão grudado na cabeças do muitos ouvintes da Transamérica e Jovem Pan, na época em que tais rádios não eram sinônimos de Candy Shops e Beautiful Girls da vida. Também o fenômeno que durou poucos meses chamado “El Símbolo” foi um dos poucos grupos argentinos que vieram fazer sucesso em terras brasileiras. Antes deles, só o Tremendo tinha vindo das vizinhaças hermanas e consegunindo virar sensação e até coadjuvante dos Menudos na década de 80.

O grupo aproveitou tanto o rápido sucesso no país que chegou ao ponto de fazer o clipe da música, um dos mais trashs que já vi, em Salvador e na Praia do Forte, com a participação mais do que especial de… ADRIANE GALISTEU(!!!)… a garota charme. É rapaz, o que esse povo já se submeteu na vida. Gente do céu! Enfim, o que interessa é que depois disso nada mais aconteceu com eles em terras tupiniquins, mas ainda assim eles não cansam de tentar fazer sucesso em outro país tropical abençoado por deus e bonito por natureza, mas que beleza! É só conferir o site dos paquitões (em três idiomas!).

Ps: O que é essa cena dos pezinhos, meu deus do céu?!

Até a Próxima!

Já passaram pelo Relembrando: Tarkan, Cogumelo Plutão, Twister, Mario Veloso, Tiazinha (Versão Cantora) e Braga Boys.

Relembrando VI

O fato de ser sergipano me trouxe um conhecimento musical da trash music brasileira muito bacana. Fui acostumado e não vou negar que adorava a ir atrás do trio elétrico com bandas desconhecidas no sudeste e sul, isso sem falar nas de forró. Todavia, vira e volta uma banda que antes só fazia sucesso lá, estoura um hit no verão, consegue 15 minutos de fama em todo o Brasil além, é claro, de sentar nos banquinhos do Raul Gil. Uma delas eu relembro hoje para vocês:

Braga Boys

A Bahia é pródiga em achados musicais. Se for pra listar aqui vô do arrocha do Bonde do Maluco até o pagodão do Psirico, mas em 2001 a onda que acompanhou todas as excursões sulistas de formatura do terceiro ano em Porto Seguro foi BOMBA. A fórmula é simples, um empresário de Salvador, de preferência amigo do Cau Adam (o senhor descobridor de Jacaré, Débora Brasil, Carla Perez, Beto Jamaica e Cumpadre Washigton), arranja uma música que esteja fazendo sucesso em algum canto do mundo (nesse caso específico foi “La Bomba”, do grupo chileno Azula-Azula). Faz uma versão em português, contrata alguns músicos, alguns bombados para cantar e rebolar e pronto, sucesso instantâneo. Foi isso que fez todo mundo fazer, naquele verão, um soquinho pro chão na hora do refrão: BOMBA!

Para bailar isso aqui é (mais um soquinho pro chão) Bomba! Pra balançar isso aqui é (mais um soquinho) Bomba! Pronto… taí o outro segredo, uma coreografia boba, simplória, mas que com um certo elevado nível alcóolico na cabeça se torna no mínimo engraçada. E assim… O que a rádio já toca (soquinho again) é Bomba!


Não preciso nem falar que esses rapazes, Mano Moreno, Capitão América e Glauber pararam por aí né? Foi-se o carnaval de 2001 embora e os efeitos da bomba acabaram e os rapazes cairam no ostracismo, e hoje no mínimo devem estar dando aula de Axé em alguma academia de Salvador.

Até a próxima.

Já passaram pelo Relembrando: Tarkan, Cogumelo Plutão, Twister, Mario Veloso e Tiazinha (Versão Cantora).

Relembrando V

Luciano Huck sempre foi um dos maiores caça-quase-talentos da televisão brasileira. Theo Werneck, Pietra Ferrari, Dani Bananinha e sua coleguinhas e Feiticeira são alguns dos muitos exemplos estrelares descobertos pelo Rogério Ceni da televisão brasileira. Todavia, nos idos de 98, o Programa H bombava graças a uma figura meio sadomasô. Com uma máscara nos olhos, Suzana Alves rebolava enquanto depilava pernas cabeludas de alguns jovens que participavam de uma brincadeira de perguntas e respostas do programa. A fama da senhorita a rendeu algumas capas de Playboy e como não poderia faltar, um cd. É por isso que eu tenho o prazer de relembrar:

Tiazinha (versão cantora)

Gente do céu como era ruim. Tiazinha faz a Festa era o nome do cd que a Sony pretendia chegar a casa de um milhão de vendas.

Para tudo!!! UM CD DA TIAZINHA COM CONVIDADOS DO PORTE DE VINNY (o mexe a cadeira) VENDER UM MILHÃO DE CÓPIAS?

É minha gente, essa era a pretensão, mas a realidade foi bem mais modesta e os 250 mil cds prensados empacaram nas prateleiras das lojas do país. Algumas delas inclusive liquidavam o cd pela a quantia de R$7,50. UH TIAZINHA!

No final das contas a mocinha ex-evangélica nascida na Freguesia do Ó se entregou ao ostracismo no novo século. Apesar de ter participado da genial segunda edição da Casa dos Artistas, saindo quase como vencedora, perdendo para nada mais nada menos que Rafael Vanucci (quem?) e ter feito umas pontas como pseudo-atriz no seriado Mandrake da HBO, ela ainda faz cursos de atriz, possui o sonho de ter um programa infantil e tenta com unhas e dentes ser lembrada como Suzana Alves. Uh Tiazinha, mexe essa bundinha e vem!


Até a próxima.

Já foram relembrados: Tarkan, Cogumelo Plutão, Twister e Mario Veloso.

Relembrando IV

O ano era 2002. Após o estrondoso sucesso da Casa dos Artistas 1, que chegou até a ultrapassar a audiência do Jornal Nacional, com as peripércias de Frota, Supla e sua turma, Silvio Santos resolveu fazer a segunda edição do programa. Para isso chamou um elenco de peso pra tentar se equiparar os 12 competidores que fizeram da primeira casa um marco (?) na televisão brasileira. Nunca foi visto uma concentração de tantas pseudo-celebridades em um só programa. Joana Prado, Suzana Alves, Lulo, Rafael Vanucci, Princesa Carola, Analice Nicolau, Cinthia Benine, Ellen Roche, Ricardo “O Cigano” Macchi, Vitor Belfort, Mariana Kupfer, Syang, Xis e Gustavo O Gêmeo do H!, dividiram a casa por dois meses com o cidadão que tenho prazer de relembrar:

Mário Veloso


Com uma carinha de “mamãe estudei no Porto, fiz FAAP e agora sou sócio de uma balada na Vila Olímpia”, Mário Veloso foi catapultado aos seus 15 minutos de fama com pinta de galã. Antes da Casa dos Artistas o rapaz apareceu no Domingo Legal e Gugu Liberato, grande desbravador de artistas como KLB, Dominó e Banana Split logo conseguiu que o pobre gravasse um cd. Daí para o estrelato instantâneo no reality show foi um pulo.

Lá ele se encontrou com Mariana Kupfer, outra que em algum outro relembrando será citada, já que também tentou seguir carreira (?²) musical, e quase um flashback aconteceu. Afinal os dois já tinham dado alguns pegas em uma das muitas baladas de bem-nascidos (adoro esse adjetivo, afinal segundo ele, quem é pobre é mal-nascido) paulistas. Após algumas semanas ele não resistiu a estrelas do porte da Feiticeira e da Tiazinha e logo caiu. Depois disso, pontas em programas do SBT, algumas capas de revistas e foi parar de volta no anonimato, menos na high societe Jardins-Higienópllis onde ele ainda é o espelho para a maioria dos mauricinhos.

Mas, se tem uma coisa que ele realmente conseguiu foi emplacar um dos versos mais grudentos da história da música brasileira. Tenha certeza que após assistir o vídeo abaixo você irá passar o resto do dia com “Eu faço Tuuuuuudooooo por Você” na cabeça.


Até a Próxima.

Já passaram pelo Relembrando: Tarkan, Cogumelo Plutão e Twister.

Relembrando III

Os anos de 99 e 2000 foram os do ápice das boys bands. Nos EUA, o Backstreet Boys emplacava “I Want it That Way” e o N´Sync gozava do sucesso de “Bye Bye Bye“. No Reino Unido, o 5ive tranformava em hit “Keep On Movin” e o Westlife regravava “Uptown Girl“. Não se tocava outra coisa, não se via outra coisa. Menininhas histéricas cultuavam suas bandas favoritas praticamente como religião. Comparações entre elas eram comum, mas aí estava a galinha dos ovos de ouro de toda indústria fonográfica internacional. E o Brasil não podia ficar de fora dessa. Assim sendo, se inspirando no Lou Pearlman (o descobridor de Nick, Brian, A.J., Howie e Kevin), o empresário Héli Batista recrutou os não menos talentosos, mas genéricos: Sander, Luciano, Leonardo, Gilson e Alex, pra formar a boy band brasileira que ficou para os anais do “One Wit Wonders”. É com muito prazer que reapresento:

Twister


Com 40 graus de febre ficaram mesmo foram todos os programas de auditório (menos os da Globo que não apresentavam os meninos, devido a relação do grupo com as empresas do Gugu) com a quantidade exaustiva de vezes que esse refrão ecoou pelo país. No Disk MTV, o clipe da música chegou a ultrapassar os das boys bands gringas. Mas, e depois disso? Onde eles foram parar?

Após a explosão do 40 graus eles tentaram fazer sucesso com isso. Mas não deu em quase nada. Até versão do N’ sync eles tentaram, porém de novo rolou fracasso. E em 2003, com o fechamento da Abril Music o projeto veio por água abaixo. As notícias sobre o grupo só voltaram anos depois, mas não nas páginas de entretenimento do jornal e sim nas policiais. Sander, o paquitão mor do grupo, o Justin do Twister, foi preso traficando drogas em baladas paulista e depois de 1 ano e meio na cadeia, virou palestrante.
Hoje em dia, ninguém sabe muito bem por onde anda Luciano, Leonardo e Alex… já Gilson é cantor evangélico de sucesso.

Quem sabe daqui a alguns anos num rola o revival do Twister, a lá Spice Girls? Quer dizer, pensando bem… vamos deixa-los apenas na memória.


Até a próxima.

Já passaram pela coluna relembrando: Tarkan e Cogumelo Plutão.


//naftalina