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Curta aí – Super High Me

Este post que eu intitulara semanal, se tornou ocasional pela fada do tempo, que com o toque de sua varinha mágica sobre a minha cabeça fez-me enlevar-se sobre este tão importante tema: os curtas. Mas eis que volto, e não com um curta, mas com um teaser-trailer de um dos melhores documentários que estão para surgir: Super High Me.


Para aqueles que não se lembram, há 4 anos atrás, o cineasta Morgan Spurlock resolveu fazer uma dieta radical: comer McDonalds em todas as refeições por 1 mês. Ou seja, Big Mac, Coca e fritas no café-da-manhã, almoço e jantar. Spurlock, que era um homem saudável e se alimentava corretamente, tornou-se uma pessoa enferma, com problemas no fígado e nos rins e com altíssimas taxas de gordura e colesterol em seu corpo. Todo este périplo gastronômico foi documentado pelo cineasta, se transformou no filme “Super Size Me”, foi indicado ao Oscar e gerou uma “revolução” nos alimentos da gigante de fast-food americana (as maçãzinhas que tem lá hoje em dia, grandes bosta).

Indo pela mesma vertente, use-seu-corpo-como-laboratório-e-divulgue-uma-causa, Doug Benson, um stand-up comedian, auto-intitulado “Maconheiro do Ano”, resolveu fazer o mesmo experimento, mas usando aquilo que mais gosta de usar: a maconha ou, para os carolas conservadores, cigarrinho do capeta. Por 30 dias, Doug Benson usará o máximo de maconha que puder, utilizando-se de todos os modos existentes para fumá-la, com o intuito de ficar o mais louco possível e ver os danos que isto causará em seu corpo.

Para os drogadictos de plantão, não recomendo tal mecanismo, porque você precisa ser bem zé-droguinha para aguentar esta maratona marijuanesca. Agora, se tentarem fazer isso em casa, só não esqueçam de ver o teaser-trailer aqui embaixo.

Rasta!

Curtas passados: Janela Aberta, Sindicato, Palíndromo

Curta aí – Janela Aberta

Prosseguindo com meu post semanal sobre curtas, vos apresento “Janela Aberta” (2002), de Philippe Barcinski. De novo esse diretor? Sim, de novo. Porque, para mim, este jovem cineasta paulistano é uma nova visão da sétima arte no Brasil. Não falo isto com o intuito de bajulá-lo, mas pelo simples fato de que Barcinski faz filmes simples e com baixo orçamento, ao melhor estilo cinema argentino. E, convenhamos, o cinema argentino está um patamar acima do nosso. Nossos hermanos enxergaram que a grana quase nunca vai ser alta, então pensam o seguinte: “vamos priorizar uma história simples, mas bem contada, que assim atingiremos nossos objetivos”. E Barcinski pensa assim. Ele faz do cinema um retrato intimista da vida das pessoas.
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Fernando Meirelles, Walter Salles e, mais recente, José Padilha fizeram filmes de cunho político-social, o que é válido em um país com tantos problemas como o nosso. Mas, ao retratar a vida de pessoas que não-fedem-nem-cheiram, como o engenheiro do Detran em “Não Por Acaso”, Barcinski encontrou um outro caminho para o cinema brasileiro, que pode vir a ser um futuro, pois o Brasil não é só violência, miséria, drogas e favelas, apesar de este quarteto representar uma boa parcela do que é o país.
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Neste curta, Barcinski conta a história de um homem (Enrique Diaz, da série “Os filhos do carnaval”) que não consegue dormir porque não lembra se deixou a janela da sala aberta ou fechada e, com isso, surge uma bela trama com um final surpreendente. Com vocês, “Janela Aberta”.

Hasta!

Curtas passados: O Sindicato, Palíndromo.

Curta aí – O Sindicato

Caros amigos, continuando com o meu projeto de toda semana divulgar um curta, trago-os “O Sindicato”, de Josias Pereira. Baseado no conto “A Infidelidade”, de Jô Soares, esta história trata sobre as puladas de cerca de um rapaz (Otávio Reis), que trai a mulher combinando falsas reuniões do “sindicato”.

Este curta é deveras contrastante com o anterior, primeiro pela pegada mais humorística, mais leve, em detrimento de um tour-de-force sobre a quebra da cronologia, visto em “Palíndromo”. Ao mesmo tempo em que “O Sindicato” é mais leve, ele se torna mais agradável de ver, primeiro pelos diálogos afiados e pela boa atuação de Otávio Reis.

“O Sindicato” foi o primeiro curta a dar um prêmio nacional a Josias Pereira, que é o fundador da ERDFilmes, produtora que faz vários curtas, de cunho educacional e político. Vale a pena assistir seus outros filmes, que são bem bacanas.

Com vocês, “O Sindicato”. É um curta curtinho (perdão pelo trocadilho), apenas 4 minutos, então, aproveitem.

Hasta!

Curtas passados: Palíndromo

Obs: Fabin, valeu pelo vídeo. Espero um dia estar passando os seus aqui.

Curta aí – Palíndromo

Caros leitores, é com imenso prazer que anuncio que este blog terá uma coluna semanal sobre cinema, mais precisamente sobre curtas. Curta-metragens não chegam com facilidade até o grande público e sempre ficamos pastando sobre essa vertente do cinema, que geralmente é o passo inicial dos grandes diretores de hoje em dia. Salvo o Festival de Curtas de São Paulo, que é muito mal-divulgado, não temos muitas chances de assisti-los na telona. Portanto, passarei alguns curtas que conheço e, se vocês souberem de algum, me passe o link que, com certeza, aparecerá aqui.

Para dar início a este post, começarei com um dos melhores curtas que já vi. “Palíndromo” (2002), é de Philippe Barcinski, que dirigiu recentemente seu primeiro longa, “Não por Acaso” (2006), com Xerxes no elenco. O longa é um bom filme de estréia. O curta é uma obra-prima da originalidade e história bem contada, pois tenta quebrar toda a linearidade do cinema. E fazer isso é uma senhora ruptura, pois até aquela época, só “Amnésia” (2000), de Christopher Nolan, tentou com certo sucesso esta quebra.

Para aquele que não sabem, palíndromo é uma frase ou palavra que pode ser lida de trás para frente, como em “soccoram-me! Subi no ônibus em Marrocos”. Entender o que é isso é de fundamental importância para o filme.

Façam as pipocas e se ajeitem na cadeira, que o filme já vai começar. Semana que vem teremos mais.


Hasta!

Obs: queria mandar um abraço especial para o pessoal de Vilnius, na Lituânia. Obrigado pelo carinho especial.


//naftalina